Numa
relação a dois, sempre tem aquele que se esquece primeiro de como é bom
acordar com um bom dia do outro. Um quê deixa de lado primeiro os
sonhos, os planos, as brincadeiras bobas e as piadinhas internas. Um que
se esquece do sabor único que a comida tem quando compartilhada, seja
uma pamonha, um sanduíche, ou um toddyinho. E sempre tem o que não sente
mais nada quando a música deles toca no rádio.
Em um relacionamento a dois sempre tem aquele que deixa de sentir
primeiro uma saudade absurda do outro, sufocante o suficiente para se
esquecer do orgulho, das brigas, e voltar pra casa.
Sempre tem um
quê se esquece primeiro das juras feitas e das promessas conjugadas. O
que se esquece primeiro de como era gostoso rir junto, de como era se
sentir aliviado por ter o outro do lado, e de como uma simples pedra de
gelo virava um parque de diversão. Sempre tem o quê se esquece primeiro
dos detalhes a dois. Um quê se esquece de como qualquer assunto era
divertido junto, até filosofia, fosse ela de boteco, caminhoneiro, ou
filosófica. Infelizmente, sempre tem um quê se esquece primeiro das
lembranças boas, e sempre tem o outro que continua se apegando a elas
como se fossem a única lembrança feliz em dias tristes e solitários. Em
uma relação a dois tem sempre um que se esquece primeiro de que junto é
difícil, mas separado fica pior, e vai embora desistindo de lutar.
Sempre tem aquele que se esquece primeiro do quanto os dois eram ótimos
juntos.
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